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Pai de Rodrigo entra na Justiça para conseguir liberação do meia do Remo


O meio-campista Rodrigo não quer mais jogar no Clube do Remo. Revelação da base azulina e destaque na Copa do Brasil Sub-20 do ano passado, o atleta de 19 anos está insatisfeito com a falta de oportunidades na equipe principal do Leão e pede, na Justiça do Trabalho, a liberação do clube. Segundo Charles Maurício, pai de Rodrigo, a situação se tornou insustentável após a diretoria azulina não aceitar liberá-lo por empréstimo ao Corinthians, em janeiro, além da falta de pagamento de salários e outros direitos trabalhistas.

– Estamos pleiteando na Justiça do Trabalho a liberação dele junto ao Remo. Foi a única opção. Nós não estamos querendo dinheiro do clube, mas apenas oportunidades para ele evoluir e mostrar o seu potencial. Hoje, o Remo não o deixa jogar e nem libera para outro clube. O Remo deve dois salários, o 13º do ano passado, férias e parte do salário de agosto, quando ele ainda estava jogando a Copa do Brasil Sub-20, além de FGTS, sendo que até hoje nem cadastrado ele tem na Caixa Econômica. Porém, o dinheiro é o de menos. Até abro mão, só quero a liberação dele – detalhou o pai do atleta. 

De acordo com Charles Maurício, em janeiro, logo após a participação do Remo na Copa São Paulo de Futebol Júnior, Rodrigo foi procurado pelo Corinthians para o empréstimo até dezembro de 2014 com prioridade de compra no valor de R$ 500 mil, dando direito a 50% do passe do meio-campista. Após inicialmente um sinal verde da diretoria azulina, o Remo voltou atrás e cobrou R$ 1,2 milhões do clube paulista, que desistiu do negócio. Rodrigo permaneceu no Leão, mas só aproveitado em um jogo, contra o Cametá, na estreia no primeiro turno do estadual.

Na última sexta-feira, o lateral-esquerdo Alex Ruan foi cortado da relação que enfrentaria o Paysandu, no domingo, pela Copa Verde. Rodrigo foi chamado para o seu lugar, mas se recusou a concentrar com o time reclamando de que não atuaria na lateral, já que é meio-campista. Com isso, foi multado em 40% do seu salário e o volante Warian Santos foi convocado para completar o time.

– A insatisfação não é com o clube, ele é apaixonado pelo Remo, somos uma família remista. Somos apaixonados de arquibancada, que chora e sofre junto com o Remo. Mas não deixaram o garoto seguir a carreira dele, ele queria ser liberado. Não liberaram e exigiram demais. Hoje estão querendo jogar o atleta contra a torcida. Nada disso é por dinheiro, o jogador não é mercenário. Queremos somente a liberação para o atleta seguir a vida dele. Ao contrario de vários jogadores que vieram a peso de ouro e deixaram ações na Justiça e jogadores da base que saíram sem deixar nenhum beneficio para o clube, nossa proposta foi de ceder para o Remo 20% dos direitos econômicos do Rodrigo por cinco anos, mesmo sem ter nenhuma obrigação de contrato. É só por sermos uma família de remistas. A diretoria do Remo, não satisfeita, nos pediu 50% dos direitos econômicos. Mas não o deixam jogar. A diretoria não tinha um plano de carreira para valorização do Rodrigo, somente na hora de pedir um valor milionário para sua transferência a diretoria reconhece o valor do atleta. Com essa atitude da diretoria do Remo, chegamos ao limite de negociação e por esse motivo fomos buscar nossos direitos na justiça – lamentou Charles Maurício.

Rodrigo segue treinando normalmente, apesar do litígio com os dirigentes do clube. Ainda segundo o pai do jogador, Corinthians, Flamengo e Vitória tentam a contratação do meia azulino, além de um time do Japão. O clube baiano estaria oferecendo um contrato de três anos para contar com a joia azulina.

– O Corinthians já o procurou, mas hoje temos proposta do Flamengo, do Vitória do Bahia e do Japão. O Vitória nos ofereceu um contrato de três anos e tem pedido prioridade na negociação. Então eu só fiz isso (entrar na Justiça) porque o Rodrigo tem clube para jogar. Ele quer jogar e estão querendo enterrar o talento dele. Até o exterior viu, mas o Remo quer ofuscar. O Remo não está querendo lapidar essa joia. Não sei se é porque ele é local, mas não tem dado oportunidades a ele e outros, que vieram a peso de ouro e não estão rendendo, ganham mais chances. Chutam o balde, xingam o técnico e não são multados – finalizou. 

O outro lado

Sobre o atraso de salários, o diretor de futebol do Remo, Thiago Passos, confirma que existem valores a serem quitados pelo clube com o jogador, mas apenas referentes ao ano passado, quando Rodrigo ainda estava no time Sub-20 do Leão.

– Realmente temos algumas pendências do anos passado, mas o clube fez um planejamento e está quitando os débitos – confirmou.

Em resposta à recusa de Rodrigo em se juntar a delegação que jogou contra o Paysandu neste domingo, Passos contou que o meio-campista apenas disse que não tinha condições de jogo.

– Recebi um telefonema do próprio jogador pedindo para não jogar, não se apresentar. Perguntei se era isso que ele queria realmente, e ele confirmou. Disse que não estava em condições – alegou o diretor.

*Colaborou Jorge Sauma
Por Belém

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