Coleira pode evitar que cães adquiram calazar
Santarém PA, Você sabia que existe uma coleira que afasta o mosquito dos cães, evitando que o animal seja picado e contraia doenças, como a leishmaniose, conhecida popularmente como calazar? A coleira já é antiga, mas ainda é desconhecida por muitas pessoas.
Santarém sempre teve histórico preocupante de calazar. A doença pode ser transmitida ao homem pelo animal. Os sintomas nos cães são a queda de pelos, unhas grandes e rachadas, ferimentos que não cicatrizam, emagrecimento repentino, aumento do baço e falta de apetite.
De acordo com a Divisão de Vigilância Sanitária (Divisa) de Santarém, oeste do Pará, só na semana passada, sete cães foram diagnosticados com leishmaniose no município. Como a doença não tem cura, a única saída é a eutanásia, morte induzida por medicamento para que a doença não se prolifere. Mas, a prevenção existe e deve ser tida pelo dono do animal como prioridade.
A partir dos quatro meses de vida, mesmo sem os sintomas comuns, o dono deve levar o cão para ser examinado no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e depois vacinado em clínicas veterinárias. Manter a casinha do cachorro sempre limpa também ajuda no combate à doença. “Procria em ambientes sujos, não é igual ao da dengue que procria em água parada. Qualquer local que tenha entulho ele [mosquito] coloca seus ovos”, informou a veterinária do CCZ, Alessandra Castro.
Outra arma contra o calazar animal é a coleira repelente. No mercado ainda é pouco conhecida, mas é eficaz contra a doença. Diminui em mais de 50% o risco do animal ser picado pelo mosquito. “É um material plástico embebido com uma substancia que, a medida que vai criando contato com a pele do cachorro, vai se espalhando e tendo um efeito repelente”, informou o veterinário Celso Pires. “A coleira deve ficar permanentemente no pescoço do animal, que pode ser lavado junto”, completa.
O valor é o que ainda contribui para a baixa procura do assessório de proteção. Em média, a coleira repelente custa R$ 90 e pode ser usada por até quatro meses. É uma proteção a mais para o animal que sozinho não consegue se defender, mas com a ajuda do dono pode ficar livre da doença.
Redação Notapajos com informações de Rômulo D’Castro