Comissão investigará o que causou abertura de cratera em Campinas, SP
São Paulo SP, Uma Comissão de Investigação foi instaurada pela Prefeitura de Campinas (SP) para apurar as causas do afundamento de uma rua no bairro Cambuí, área nobre da cidade, na manhã desta quinta-feira (6). O incidente, nas imediações de uma obra de construção de uma prédio, resultou em um buraco de nove metros de profundidade e com material desmoronado sobre uma área de 1,5 mil metros quadrados de extensão. A obra foi embargada pela Secretaria de Urbanismo.
O desmoronamento ocorreu próximo das 10h na Rua Gustavo Ambrust, na altura do número 36, onde o muro de contenção se rompeu e arrastou parte da calçada, postes de energia elétrica e o gramado de uma praça.
Duas horas antes do desmoronamento, a Defesa Civil foi acionada pela construtora e interditou o local, após identificar uma fissura no prédio em construção. Os técnicos isolaram a área, desocuparam uma farmácia próxima e retiraram os operários que trabalhavam na construção de dois andares subsolos do prédio. Ninguém se feriu.
Comissão
De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura, será publicado um decreto na edição desta sexta-feira (7) do Diário Oficial para a criação da comissão. Representantes das secretarias de Urbanismo, Infraestrutura e Assuntos Jurídicos, além da Defesa Civil, da Sanasa e do Conselho Regional de Engenheiros e Arquitetos (Crea) farão parte do grupo que vai apurar as causas do desmoronamento.
De acordo com a administração, uma vaga ficará aberta para o caso de haver a necessidade da contratação de uma consultoria. O Instituto de Criminalística também está envolvido na apuração para identificar eventuais responsáveis.
Embargo
A secretária de Urbanismo, Silvia Faria, informou que a obra foi embargada. De acordo com ela, a construtora GNO, responsável pela construção, foi intimada a fazer a contenção do local. Segundo ela, a obra estava com alvará e projeto aprovado pela administração pública. Durante a tarde, a empresa colocou tapumes de madeira para isolar o local.
Segundo a secretária, a GNO deverá apresentar um plano de recuperação do solo na região onde houve o desabamento, além de um laudo que comprove que o terreno pode receber a carga do projeto aprovado anteriormente pelo município. Caso contrário, a construtora terá que substituir o projeto ou cancelar a obra.
A GNO informou que assim que identificou os riscos do desabamento acionou os órgãos competentes para garantir a segurança das pessoas no local. A empresa, que havia mencionado inicialmente que a causa estaria ligada ao rompimento de uma adutora, afirmou em coletiva durante a tarde que ainda é precipitado falar em causas do acidente.
Risco permanece
Técnicos da Secretaria de Urbanismo e da Defesa Civil interditaram durante a tarde três edificações por precaução contra novo desabamento. Duas delas ficam na própria Rua Gustavo Ambrust e outra na Avenida Norte-Sul. De acordo com a assessoria da pasta, elas vão passar por avaliação minuciosa antes de serem liberadas.
Não estão descartados riscos de novos desabamentos. Por isso, agentes da Defesa Civil isolaram a área e estão em alerta com monitoramento constante do local, inclusive, para intervenções na área, caso seja necessário.
G1
