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Indígenas recebem incentivo para não abandonar aulas


Estudo realizado pelo Centro de Registro e Indicadores Acadêmicos (Ciac) da Universidade Federal do Pará (UFPA) mostra que nos últimos dez anos, mais de 450 indígenas ingressaram em cursos da instituição, em todos os campi. No entanto, cerca de 100 abandonaram as aulas. Os principais motivos são dificuldade de adaptação fora das aldeias, falta de recursos financeiros para manter-se em outra localidade, dificuldades pedagógicas, até a não identificação com o próprio curso.

“Ao contrário do que ele encontrava em sua aldeia onde tem a comunidade que o apoia, a família, os amigos...aqui, a realidade é outra e as dificuldades encontradas são inúmeras. O que precisamos é que a universidade esteja preparada para atender a essa diversidade, o ingresso no ensino superior é importante, mas a permanência e o sucesso são fundamentais”, conta Edimar Fernandes, Kaingang e presidente da Associação de Povos Indígenas Estudantes na Universidade Federal do Pará (APYEUFPA).

Para diminuir o número de indígenas que deixam a UFPA, em 2012, os próprios estudantes indígenas mobilizaram-se e criaram a APYEUFPA, com o objetivo da implementação de melhorias para os estudantes. Edimar diz que a maior preocupação está em auxiliar os indígenas que estão na fase final de seus cursos, com a elaboração do TCC.

Algumas medidas estão sendo levantadas pela associação, que propôs a criação de um grupo formado por pedagogos, antropólogos, professores indígenas e não indígenas para orientar os alunos que precisarem e desejam desenvolver os trabalhos voltados para as suas comunidades de origem.

“Nós estamos pensando em desenvolver um trabalho, no sentido de acompanhar os indígenas que já estão nesse estágio de formação. O sentido deste trabalho é levar em consideração as dificuldades que eles enfrentam ao ter que elaborar o TCC, porque este trabalho é o início da discussão de como resolver os problemas que os indígenas enfrentam nas comunidades”.

Em 2013, 28 discentes indígenas foram atendidos pelo programa Permanência, da Pró-Reitoria de Extensão DAIE/PROEX; existem as modalidades de auxílio permanência especial (R$310) e auxílio moradia especial (R$360), as quais concedem apoio financeiro, que, além de ajudar nas despesas com transporte, alimentação e moradia, também visam contribuir para a promoção da Inclusão Social.

Como forma de incentivar os indígenas que ingressaram no ano de 2010 podem optar por receber um apoio da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), no valor de R$ 250 a partir de um termo de cooperação técnica com a Universidade. Porém, caso o discente opte pelo auxílio da FUNAI, perde o direito de receber o auxílio permanência oferecido pela PROEX, considerando que o decreto nº 7.416, de 30 de dezembro de 2010, em seu art. 3º, inciso IV, proíbe o acúmulo com outras bolsas pagas por programas oficiais.

Por: G1 Santarém

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