Miss Mato Grosso aposta em beleza natural para disputar o próximo título
Vencedora do concurso Miss Mato Grosso em junho deste ano, a estudante Jakeline Oliveira, de 20 anos de idade, deve encarar em setembro o concurso Miss Universo Brasil apostando no potencial da beleza ao estado mais natural possível. A rondonopolitana, que sempre se achou magra demais e que até os 15 anos chegou a ser considerada o “patinho feio” da turma, já ganhou o Miss Globo Internacional, no ano passado, sem qualquer alteração radical ou cirurgia plástica, e deve manter a mesma linha para a próxima disputa, a ser realizada em Belo Horizonte (MG).
“No concurso, todo mundo me perguntava quantas plásticas eu tinha feito, se tinha colocado silicone, mas eu não tinha mexido em nada”, conta, lembrando-se do primeiro título internacional conquistado em 2012.
Jakeline alega que a única intervenção cirúrgica já feita foi somente neste ano, uma correção no nariz, mas nada que lhe alterasse significativamente os traços.
“Fiz uma pequena correção, não fiz para o concurso [Miss Mato Grosso]. Até me aconselharam a não fazer nada, mas fiz por uma coisa minha, porque me incomodava mesmo”, afirmou.
Desafio
Novo desafio, o Miss Universo Brasil em setembro deste ano é o concurso que Jakeline sempre idealizou e, para essa disputa, ser magra é requisito, para desgosto da Miss. “Infelizmente, o padrão atual do Miss Brasil é de modelo, então tive que parar de fazer musculação para perder massa”, relata. Ela, que nunca perdeu um concurso, admite que seu maior medo sempre foi a derrota. “Eu não queria participar do primeiro [Miss Rondonópolis] por medo de perder, não sabia como eu iria reagir”, revela.
Depois de quatro títulos, contudo, ela se diz mais preparada para a derrota, embora ainda queira ganhar o Miss Brasil. Sua maior motivação é o apoio da família e do namorado. Para acompanhá-la no Misso Globo Internacional, por exemplo, Jakeline conta que o namorado largou o emprego. “Ele fez tudo isso por mim, como eu poderia perder? É uma satisfação que eu quero dar às pessoas que eu amo”.
“Eu não me acho tão bonita assim, mas foi o incentivo da minha família e do meu namorado dizendo que eu podia, que era capaz, que me fez chegar até aqui. Agora eu quero ganhar”, diz. E complementa: “Todas as vezes que eu ganhei, só tinha eles na minha cabeça, pensava que o esforço deles em me acompanhar tinha valido a pena”.
Futuro
Jakeline nasceu em Rondonópolis, onde morou a vida toda. Aos 15 anos começou a trabalhar como modelo em Mato Grosso, mas relutou quanto à carreira, pois não queria ser tão magra. Ela é estudante de engenharia agrícola e ambiental na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e diz que a escolha do curso se deve à facilidade que tem em lidar com números e à preocupação com a natureza.
Atualmente, a Miss vive o conflito entre seguir a profissão que escolheu e aquela em que entrou por acaso. “Eu nunca quis mexer com o mundo da moda, desfilar, ser Miss, mas tudo aconteceu tão naturalmente que isso se tornou uma realização para mim”, afirma. “Se não der certo, quero voltar aos estudos, terminar minha faculdade. Não vou deixar os estudos para trás”.
A vida de Miss é mesmo novidade (esse é o segundo ano em que ela concorre), mas tem se tornado uma satisfação.
“Talvez, pela minha adolescência, eu não me ache tão bela. Então, ganhar um concurso é provar para mim mesma que sou bonita. A minha maior rival sou eu mesma. A cada etapa eu preciso me superar”.
Para o futuro, Jakeline quer se estabilizar financeiramente e ter uma boa condição de vida. A mãe - que criou a ela e ao irmão sozinha - é sua maior inspiração. “Quero estar estável para ajudá-la”, declara. Além de ser Miss mais uma vez, os planos da estudante ainda incluem conhecer outros países - e Paris deve ser a primeira parada.
“Hoje, o que eu mais quero é ser Miss Brasil. Mas, se não der certo, tenho muitos outros planos”, brinca.