Agente da PF que atropelou homem estaria embriagado
Santarém PA, Um homem de 52 anos foi atropelado na madrugada deste sábado (3), na vila de Alter do Chão, distante aproximadamente 38 quilômetros de Santarém, oeste do Pará. O motorista do carro era um agente da Polícia Federal.
O acidente ocorreu em um trecho da Avenida Copacabana. De acordo com testemunhas, ao sair de um bar, o policial acompanhado por outro homem, entrou em uma caminhonete modelo Hiluxde cor prata. Os dois que aparentavam estar embriagados seguiram pela via fazendo ‘zigue-zague’ e atropelaram Carlos Coelho Ferreira que caminhava às margens da Avenida.
A vítima realizou exame pericial no instituto Médico Legal (IML) no início desta tarde. Ele contou que foi atingido por trás. Não sofreu fraturas, mas ficou bastante machucado e teve ferimentos no braço, costas, perna, e levou seis pontos na cabeça.
“Nós temos testemunhas, que eles estavam no carro. O pessoal relata que um é o João Segundo e o outro não identificaram. Mas nós temos testemunhas que estavam em Alter do chão e que estavam bebendo na mesa com eles [João e policial]”, afirma a irmã da vítima Elcilene Coelho.
Numa publicação em uma rede social esta tarde, João Segundo Sena, citado pela irmã da vítima se defende e afirma "que quem estava dirigindo era o policial federal que já se apresentou a Polícia Civil." Ele destacou ainda: "não tenho nenhuma participação neste caso".
Sobre o envolvimento do agente da PF, o delegado da Polícia Federal, Sérgio Pimenta confirmou que ele já prestou depoimento na Seccional e que não pode ter o nome revelado porque faz parte de uma operação sigilosa que está sendo realizada na região. O delegado afirmou ainda que o agente fugiu do local com medo de ser linchado pela população e garante que o caso está sendo apurado.
“Acreditamos que tenha sido lavrado um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil e os procedimentos de Polícia Federal serão no âmbito do procedimento disciplinar. Faremos toda a apuração preliminar, provavelmente uma sindicância investigativa. Se comprovada a compatibilidade poderemos ir para um processo administrativo”, explica o delegado da PF.
Redação Notapajos com informações de Karla Lima