Locais e peças esquecidas ao longo da ferrovia poderão ser revitalizados
O Cemitério e Hospital da Candelária, em Porto Velho, são alguns dos locais que fizeram parte da história da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré durante a época de funcionamento. Com o tempo, após a desativação da ferrovia, as estruturas foram se deteriorando e acabaram abandonadas. Algumas locomotivas e vagões danificados se perderam no tempo e foram deixados ao longo da ferrovia, criando o Cemitério das Locomotivas. Um projeto de revitalização e preservação dos locais está sendo analisado para manter a história do espaço.
De acordo com Alexandre Queiroz, coordenador de sustentabilidade da Santo Antônio Energia, empresa que realizará o projeto de recuperação, o Cemitério da Candelária ganhará uma espécie de paisagismo e limpeza, contando com a retirada do mato que encobre a área e recebimento de produtos para preservar a estrutura existente. "Vamos passar um verniz nas estruturas que ainda estão lá para continuar preservando o local", explica.
Já no espaço onde havia o Hospital da Candelária, Queiroz explica que não há muito a se fazer, a não ser fixar um memorial no local. "O tempo fez toda a estrutura do hospital, que era de madeira, se deteriorar. Então, não vamos mexer, vamos apenas colocar um memorial para que as pessoas saibam onde e o que foi o Hospital da Candelária", conta.
Para o Cemitério das Locomotivas, o coordenador disse que as peças que estão no local permanecerão lá, já que o material dos vagões está muito frágil. "Não podemos colocar uma máquina no local. Além de não sabermos como está o solo da área, as locomotivas estão numa fase tão avançada de deteorização que não suportarão ser retiradas da terra", ressalta.
Um produto será aplicado nas locomotivas e vagões que estão derrubados ao longo dos trilhos da EFMM para prolongar a preservação dos materiais. O arquiteto do Iphan e responsável por acompanhar as obras de recuperação, Giovani Barcelos, comenta que é necessária a preservação no estado em que as peças estão. "Temos que preservar as peças do jeito que elas merecem, como ruínas. Não podemos alterar a verdadeira história que aconteceu com as locomotivas e vagões através do anos", conclui.
G1.